Depois do apoio formal do presidente Arthur Lira (PP/AL), para o líder dos Republicanos, Hugo Motta, sucedê-lo no comando da Câmara dos Deputados, os partidos fizeram fila para declarar apoio ao parlamentar da Paraíba. Motta surfa pelo tapete verde do Legislativo, e quer repetir o “blocão” por trás da recondução de Arthur Lira à presidência da Câmara no ano passado. Ele foi reconduzido com o suporte de 20 partidos, e conseguiu 464 votos.
Proporcionalidade respeitada
Bohn Gass (Crédito: Mário Agra, Câmara dos Deputados)
O deputado Bohn Gass (PT/RS), disse à coluna Repórter Brasília, que o apoio ao deputado Hugo Motta, foi uma decisão coletiva da bancada do PT. “Temos que ter um ambiente onde a proporcionalidade seja respeitada. Precisamos de um ambiente para o governo desenvolver seus projetos sem a imprevisibilidade que nós tivemos durante dois anos. É fundamental que tenhamos debates para não aprovar projetos antidemocráticos como a anistia. Nós podemos debater os projetos do governo onde a economia cresce, num ambiente democrático e respeitoso”, acentuou o congressista.
Outros candidatos
Os outros candidatos à presidência, Elmar Nascimento (União-BA) e Antônio Brito (PSD-BA), não têm nenhum partido formalizando apoio. Elmar Nascimento retirou sua candidatura à presidência da Câmara, e o União Brasil negociava com Hugo Motta, seu espaço no Parlamento.
Apoio dos partidos
Além do próprio Republicanos, estão na lista de apoio, o PT, PL, MDB, PP, Podemos, PV e o mais recente, na manhã desta quinta-feira (31), foi o PCdoB. Motta estava na expectativa de receber também o apoio do União Brasil.
Eleição em fevereiro
A eleição para a presidência da Câmara acontece apenas em fevereiro do ano que vem, mas os bastidores pegaram fogo em Brasília já nesta semana, quando o atual presidente, Artur Lira, formalizou o apoio a Hugo Mota.
Indignado com decisões judiciais
O deputado Maurício Marcon (Podemos/RS), expressa indignação com decisões judiciais recentes que tornaram alguns políticos elegíveis e outros inelegíveis. O congressista questiona a coerência do sistema judiciário, e a forma como lida com casos envolvendo pessoas públicas.
Corte de gastos
O Governo Federal discute a necessidade de realizar um projeto de corte de gastos. A professora de Administração Pública da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, Élida Graziane Pinto, alerta que ajuste nas contas públicas deveria preservar a população mais vulnerável.
Não atingir os pobres
A professora destaca a necessidade da realização de um projeto de corte de gastos que não atinja os mais pobres. “Fazer ajuste sobre os mais pobres normalmente é mais fácil, porque os mais pobres não se organizam tanto para essa resistência, como os grupos mais poderosos”.
Maconha apreendida
A Comissão de Segurança Pública da Câmara rejeita PL que previa destinar a maconha apreendida aos laboratórios para uso medicinal. O projeto de lei do deputado federal, Bacelar, (PV/BA), que previa destinar a cannabis aos laboratórios autorizados a processá-la para uso medicinal, foi rejeitada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara de Deputados na terça-feira (26), com base no relatório do deputado Osmar Terra (MDB/RS).
Diferença entre medicinais e recrecionais
Terra argumentou existir uma diferença fundamental entre a cannabis para fins medicinais e aquela para fins recreacionais. O deputado aponta haver cerca de 700 variedades de cannabis, entre as quais os teores absolutos e relativos dos princípios ativos chamados canabinóides, dos quais os principais são o canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC).
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.