A Marcha a Brasília pela Reconstrução dos Municípios do Rio Grande do Sul, promovida pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) em parceria com a Federação dos Municípios do RS (Famurs), movimentou o mundo político, em Brasília, esta semana. Deputados estaduais, federais, senadores, lideranças do Governo, e equipe econômica garantiram o apoio à pauta municipalista, com foco na reconstrução do Rio Grande do Sul.
Leitura da verdade
Pompeo de Mattos (Crédito:Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados)
O deputado Pompeo de Mattos (PDT/RS), relator da Comissão de Defesa Contra as Enchentes no Rio Grande do Sul, disse ao Repórter Brasília que a pressão dos prefeitos é legítima. Ele afirmou que, “o que é preciso é fazer a leitura da verdade, sobre todo esse episódio, porque tem uns que dizem: os prefeitos não receberam nada, o que não é verdade, e outros dizem que os prefeitos receberam tudo, o que também não é verdade”.
Reclamar do atrasado
O parlamentar apontou que, “tem prefeitos, não são todos os municípios que ainda estão reclamando, mas faltam muitas famílias que estão na lista e não receberam dinheiro, mas grande parte já recebeu. Tem que reconhecer que houve o pagamento, mas reclamar daquilo que está demorando, atrasado, esperando”, sugeriu.
Não é dinheiro livre
“Foi pago o FGTS. Se foi recebido, não sei, mas foi pago. Os dois meses de socorro para quem está desempregado, está sendo pago. Os R$100 mil, R$ 200 mil para uns, R$ 300 mil para outros, R$ 500 mil para outros, um socorro para limpeza, os municípios receberam. Tem gente que não pegou porque não era um dinheiro livre, era um dinheiro para comprar mantimento, colchões e limpeza”, salientou Pompeo de Mattos.
Gastar como quiser
“O dinheiro da cesta básica, tem que ser um dinheiro livre, R$ 200 mil para cada município, isso para todos os 475 municípios. São poucos os que estão fora. Tem que receber esse dinheiro livre, para gastar no que quiser, numa ponte, num bueiro, a prioridade claro, é comida”, enfatizou o deputado.
Importante, mas perigoso
Outro ponto abordado pelo deputado Pompeo de Mattos, foi o aluguel social, que é importante, mas, é muito perigoso. “A pessoa pega o aluguel social e quando ela vai parar de recebê-lo? É difícil depois de dar, tirar o aluguel social, é complicado”.
Compensação semelhante à pandemia
O parlamentar lembra que, “na pandemia, houve uma compensação. Tinha que ter uma compensação semelhante, inclusive o projeto é meu. Nós temos ali uma boa briga. O projeto está tramitando e está na pauta para votação”.
Anistia aos agricultores
Outro projeto citado por Pompeo de Mattos, que “é do Luciano Zucco e meu, os dois estão emendados, um no outro, mas foi aprovado junto, para anistiar os agricultores do custeio deste ano. O projeto prevê que o pagamento seja suspenso por dois anos. O projeto é bom, foi aprovado, agora, depende do Senado, mas isso quem tem que resolver é o governo, que deveria emitir uma Medida Provisória e fazer um pacote para a agricultura”.
Participação do PIB Nacional
O deputado Ronaldo Nogueira (Republicanos/RS) destacou da tribuna, a marcha dos prefeitos do Rio Grande do Sul que vieram à Brasília esta semana para trazer até o governo federal, a realidade que os municípios do Estado do Rio Grande do Sul estão enfrentando.
O parlamentar argumentou que “o Rio Grande do Sul está entre os cinco estados da federação que têm a maior participação do PIB Nacional acima de 6%. No ano de 2023 o Rio Grande do Sul remeteu para a União mais de 108 bilhões de reais em remessas através do pagamento de impostos. E aquilo que a União retorna em compensação para o Estado do Rio Grande do Sul fica na faixa dos 43 bilhões de reais”.
Assista o vídeo.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa