Plano de ação para combate ao Aedes aegypti no Distrito Federal é discutido

Objetivo é reduzir casos e evitar mortes causadas por doenças transmitidas pelo chamado arbovírus, responsável pela dengue, zika, chikungunya e febre amarela

Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A Secretaria de Saúde (SES-DF) discutiu, nesta terça-feira (12), um plano de ação para o atual cenário epidemiológico no Distrito Federal. O foco é reduzir o número de casos e, especialmente, evitar óbitos decorrentes das chamadas arboviroses – doenças causadas pelo arbovírus, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A reunião foi presidida pela secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, e contou com a presença de outros secretários envolvidos nas ações.

“As estratégias propostas são essenciais para despertar também o olhar da população, que precisa começar a enxergar o tema como prioritário. Além das ações conjuntas SES com os demais órgãos, precisamos que cada indivíduo compreenda a importância de cuidar do seu ambiente, pois a prevenção é a melhor forma de combater o mosquito”, afirmou a secretária de Saúde.

Houve aumento de casos de dengue em locais como Brazlândia, Ceilândia, Recanto das Emas e Vicente Pires | Fotos: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

Com base no Plano para Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses, as atividades sugeridas no encontro serão coordenadas pela Secretaria-Adjunta de Assistência (SAA), com representação da Subsecretaria de Vigilância à Saúde (SVS), da Subsecretaria de Atenção Integral à Saúde (Sais) e do Instituto de Gestão Estratégica do Distrito Federal (IgesDF).

Entre as ações discutidas na reunião, foram analisados os estoques dos insumos, a capacidade de resposta das áreas de assistência e vigilância, se haverá necessidade de alguma programação diferente ou de reforço aos atendimentos nas unidades de saúde, bem como quais áreas requerem ampliação das ações da vigilância ambiental.

Entre as ações discutidas na reunião, foram analisados os estoques dos insumos e a capacidade de resposta das áreas de assistência e vigilância

Segundo a assessora de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias, Cristina Campelo, o plano será encaminhado às sete regiões de saúde, já que houve aumento de casos de dengue em locais como Brazlândia, Ceilândia, Recanto das Emas e Vicente Pires. “É essencial realizar esse trabalho específico em cada região, a fim de alinhar todas as equipes, identificar áreas que precisam de intervenção e estarmos preparados para todos os cenários possíveis”, reforçou a profissional.

Plano macro

O Plano de Enfrentamento da Dengue e outras Arboviroses para o período de 2024 a 2027 foi desenvolvido em colaboração com as áreas técnicas e a Sala Distrital. Esta última é formada pela rede de órgãos do DF participantes das ações, como administrações regionais, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), Defesa Civil, Secretaria de Comunicação Social (Secom), Casa Civil, Departamento de Trânsito (Detran), entre outros.

Estruturado em eixos temáticos – coordenação, assistência, vigilância, comunicação, mobilização e educação em saúde, e apoio governamental -, o plano pretende reduzir a incidência e os óbitos causados pela dengue e outras arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti. Além disso, o documento busca aumentar a eficácia das intervenções e reduzir o tempo de resposta no combate ao mosquito, enfrentando os desafios sazonais e os riscos de epidemia.

Arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, estão amplamente disseminadas em vários países tropicais e subtropicais do mundo. Isso porque os arbovírus têm alta capacidade de transmissão, pois são adaptáveis aos meios urbanos.

Apesar da diminuição nos casos de dengue no DF em 2023, é importante considerar o contexto nacional. De janeiro a novembro deste ano, o Brasil registrou aproximadamente 1,6 milhão de casos prováveis, representando um aumento de 15,8% em comparação com o mesmo período de 2022.

Repórter Brasília/*Com informações da Secretaria de Saúde

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