O encontro Lula e Trump não foi acaso

Ilustração, Edgar Lisboa, com recursos de IA

O aperto de mãos e a rápida interação entre Trump e Lula no corredor da ONU foram orquestrados com antecedência, parte de uma mudança de estratégia da Casa Branca. O gesto sinaliza a abertura de um novo canal de diálogo, depois do fracasso da postura anterior dos EUA baseada em tarifas e sanções. É como avalia a situação, Brian Winter – Brasileirista e analista político e editor chefe da America’s Quarterly, em ebtrevista, nesta quarta-feira (24), em entrevista ao Jornal da CBN.

Contradições aparentes

Apesar de Trump ter feito um discurso crítico ao Brasil e às liberdades democráticas, Winter não vê contradição: por um lado, Trump abre espaço para negociação; por outro, mantém acenos à família Bolsonaro, que segue sendo peça relevante em sua base política.

Cautela como palavra-chave

Para Winter, o momento exige prudência: a reunião inicialmente anunciada como presencial já foi rebaixada para conversa telefônica, reduzindo riscos. Ainda assim, os temas em jogo são pesados: Tarifas comerciais; Big Techs; minerais críticos e outras pautas de interesse bilateral.

O peso do setor privado

Brian Winter ressaltou que empresas brasileiras e americanas tiveram papel decisivo para pressionar Washington. Foram apresentadas análises, pesquisas e dados sobre os impactos negativos das tarifas, que atingiam setores relevantes (como café, carne e aviação) sem alcançar o objetivo político de enfraquecer Lula ou fortalecer Bolsonaro.

Novo equilíbrio em disputa

Segundo o cientista político, o objetivo original de Trump usar tarifas e sanções para abrir caminho a Bolsonaro em 2026 fracassou. Agora, busca-se um “novo equilíbrio” na relação bilateral: menos confronto, mais pragmatismo. Ainda assim, Trump é volátil, e o processo tende a ser longo e cheio de incertezas.

Retrocesso democrático

Alexandre Lindenmeyer (Crédito: Zeca Ribeiro, Câmara dos Deputados)

O deputado Alexandre Lindenmeyer (PT/RS) se manifesta contra a anistia. Para o parlamentar gaúcho, “a medida protege golpistas, depredadores do patrimônio público e até quem planejou contra a vida de autoridades, o que, representa um retrocesso democrático”. Para o parlamentar gaúcho, “a medida protege golpistas, depredadores do patrimônio público e até quem planejou contra a vida de autoridades, o que, representa um retrocesso democrático”.

Jornada de trabalho

Na opinião de Alexandre Lindenmeyer, “em vez de legitimar a impunidade, a Câmara deveria priorizar pautas em defesa do povo, como a redução da jornada de trabalho, a ampliação da isenção do imposto de renda e investimentos em saúde e educação”.

Ocupação ilegal do MST

Alceu Moreira

O deputado Alceu Moreira (MDB/RS) acusa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de agir fora da lei e de prejudicar produtores rurais. Ele relata casos no Rio Grande do Sul em que agricultores perderam propriedades legalmente adquiridas devido à ocupação ilegal do MST.

Apoio ao MST

A Universidade Federal de Pelotas é denunciada pelo deputado Alceu Moreira, de permitir que uma aula inaugural do curso de veterinária fosse usada para apoiar o MST. “É inadmissível que a instituição utilize recursos públicos para defender conceitos ideológicos”, dispara Moreira.

Doutrinação ideológica

Daniel Trzciak

Também o deputado Daniel Trzeciak (PSDB/RS) critica o que chama de doutrinação ideológica nas universidades públicas. Ele destaca a aula inaugural de medicina veterinária da Universidade Federal de Pelotas, como uma manifestação ideológica contra o agronegócio.

Universidade federal do RS

Outro episódio que aconteceu na Universidade Federal do Rio Grande do Sul envolvendo apoio ao MST também foi denunciado pelo parlamentar. Daniel Trzeciak anunciou que vai acionar o Ministério da Educação e a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para investigar os casos e evitar novas manifestações.

Apresentação oral dos argumentos

Garantir aos advogados o direito de apresentar oralmente seus argumentos, presencial ou virtualmente, às instâncias do Poder Judiciário e da Administração Pública, é a proposta que o deputado Márcio Biolchi (MDB/RS), defende como um dos autores da proposta de emenda à Constituição.

Explicação de pontos essenciais

No entendimento do deputado, “a sustentação oral é uma oportunidade para os profissionais explicarem pontos essenciais nas ações judiciais”. Márcio Biolchi concorda que a medida vai ampliar a defesa, a igualdade processual, e a transparência nos processos, fortalecendo a advocacia e a democracia.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

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