Governo lento nas enchentes, diz Mourão

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Hamilton Mourão

“A crise das enchentes no Rio Grande do Sul marcou o primeiro semestre de 2024, no Senado”, afirmou o senador Hamilton Mourão (Republicanos/RS), em entrevista ao Repórter Brasília. Disse que “o governo federal foi lento na execução da assistência aos atingidos pelas cheias e que o fez mais por pressão da sociedade dos seus representantes”.

Marcha da insensatez

Avaliando as relações entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, Mourão afirmou, sem meias palavras, que “é nítido e notório que existe uma invasão de competência por parte do Judiciário, o que vem causando um imenso desconforto”. O senador republicano classifica como “uma verdadeira Marcha da Insensatez a forma como a Suprema Corte tem se comportado”, citando como destaque “a questão do porte de drogas, Marco Temporal, e as punições aos envolvidos na baderna de 08 de janeiro”.

Alíquota máxima

Para Hamilton Mourão, “a reforma tributária não pode ser o caminho para se aumentar essa conta”, referindo-se ao que afirmou o secretário Bernard Appy, de que a alíquota precisa sair do Congresso sem exceder os 26,5%, temendo que a regra aprovada na Câmara apresente risco.

Fatores exógenos

Na opinião de Hamilton Mourão “se não tivermos líderes capazes de se reinventar, a polarização é um fenômeno mundial que, infelizmente, tende a se manter. No Brasil, esse quadro deverá prevalecer por um bom tempo, uma vez que diversos fatores exógenos influenciam com o avanço da inteligência artificial e o acirramento do radicalismo, sobretudo nas redes sociais”. Acentuou que “é preciso estar atento para remar contra a maré da desinformação”.

Partidos escolhem seus candidatos

Os partidos e federações começaram a realizar, no final de semana, as convenções internas para a escolha dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores que disputarão as eleições municipais de outubro. O prazo está previsto na Lei das Eleições, e vai até o dia 5 de agosto, prazo legal estipulado para realização das convenções.

PP fortalecido

Pedro Westphalen (Crédito: Vinícius Loure, Câmara dos Deputados)

O deputado Pedro Westphalen (PP/RS), acredita que o Partido Progressista foi fortalecido com as janelas partidárias, e a expectativa é que aumente as prefeituras no interior do Estado. Hoje o partido comanda 144 prefeituras, e pretende chegar a pelo menos 160, um aumento de 10%, no mínimo.

Na Capital, Melo é o candidato do PP

Em Porto Alegre, o PP vai apoiar os atuais prefeitos Sebastião Melo, do MDB.O principal problema dos prefeitos, atualmente, são as enchentes. Na realidade atual, em Porto Alegre, dizem: “o Melo é culpado de tudo. Já em Canoas, o Jairo Jorge (PSD) não é, mas o vice do Jairo Jorge vai ser do PT. Em São Leopoldo, o Ary Vanazzi, do PT está muito bem, não houve nada. Tem uma atuação política em tudo o que está acontecendo aqui”.

Polarização nas Capitais

Na opinião do deputado Pedro Westphalen, “a polarização de Bolsonaro e Lula acontecerá nos grandes municípios, nos pequenos, nem tanto”.

Médico não quer ser candidato

Na avaliação do parlamentar, que é médico, “na área de saúde não aumenta a proporção de médicos disputando as prefeituras. O médico não quer ser candidato, quer ganhar dinheiro na profissão, que é melhor, e sem se incomoda”r.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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