O senador Omar Aziz (PSD/AM), quer suspender o funcionamento das bets, como são conhecidos os sites de apostas. O parlamentar criticou a falta de regulamentação dos jogos na internet, e entrou com uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) na Procuradoria-Geral da República (PGR). Já o senador Hamilton Mourão avalia que Aziz se equivoca ao judicializar o tema.
2025: só empresas autorizadas
O Congresso aprovou em dezembro o projeto de lei que regulamenta o setor de apostas de alíquota fixa e liberou os cassinos online. A partir de 2025, somente empresas autorizadas pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda poderão atuar no Brasil.
Perdendo dinheiro
O senador Omar Aziz cobra da PGR agilidade, porque, neste momento, “milhões de brasileiros estão jogando na internet e perdendo dinheiro. É o dinheiro que, muitas vezes, é para comprar o remédio; é o aposentado que deixa de comprar o seu remédio, que deixa de comprar comida para poder testar a sorte”, argumenta o senador.
“Passividade da Abert”
Na opinião de Omar Aziz, “muitas famílias brasileiras atualmente enfrentam dificuldades diretamente relacionadas ao crescimento das apostas on-line. O parlamentar também criticou a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), segundo ele, pela “passividade em relação às propagandas de apostas”. Para o senador, celebridades, incluindo jogadores de futebol, estão induzindo jovens e crianças a jogar. Ele reforçou que a situação exige ação urgente, comparando com a medida que suspendeu a rede social X.
Equívoco de Aziz
Mourão: “cabe ao Congresso a discussão sobre as bets (Crédito: Waldemir Barreto, Agência Senado)
Para o senador gaúcho, Hamilton Mourão (Republicanos/RS), “o senador Omar Aziz se equivoca ao tentar judicializar a questão das bets no Brasil, comparando o tema ao bloqueio do X pelo Supremo”. Mourão enfatiza que “cabe ao Congresso Nacional a discussão sobre as bets e sua necessária regulamentação, com ampla participação de setores diversos da sociedade para que, juntos, possamos amadurecer a questão”.
Idoso na Universidade
Para atender o idoso, um curso universitário custa 10 vezes menos do que manter clubes ou ginásios, custa 27 vezes menos do que os gastos em um centro-dia, custa 30 vezes menos do que manter apoio domiciliar para atendê-lo”, afirma a professora e coordenadora da UniSer, Margô Kamikowski
Do programa de extensão da UnB para promover educação para adultos e idosos.
Estudar evita outros gastos
A professora mostrou também que custa 75 vezes menos do que construir um instituto de longa permanência. Além disso, um estudo da UniSer, mostra que estudar muitas vezes evita esses outros gastos porque o idoso produtivo envelhece mais lentamente.
Expectativa de vida
Em audiência pública pedida pelos deputados Erika Kokay (PT-DF) e Reginaldo Veras (PV-DF). O deputado do PV lembra que a taxa de fertilidade está caindo, segundo o IBGE. Além disso, em 2000 a expectativa de vida da população brasileira era de 71 anos. Em 2023 é de 76 anos. E em 2070 será de 84 anos. Ele alerta que o desafio será implantar políticas públicas para essa população”.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa