Bandeiras Mercosul (Crédito: Isac Nóbrega, PR)
Agricultores franceses iniciaram nova mobilização contra o acordo da União Europeia com o Mercosul, no dia da abertura da cúpula do G20 no Brasil. Mais uma vez, os franceses dão início a uma nova rodada de mobilizações contra o acordo de livre comércio entre os dois blocos. Mais de 80 atos, com os tratores na rua, em volta de Paris, estão previstos para esta semana. O movimento tem liderança dos dois maiores sindicatos de agricultores na França.
Concorrência desleal
Na avaliação do setor agropecuário francês isso seria uma concorrência desleal, porque as exigências às quais são submetidos encarecem a produção deles, ou seja, os produtos vindos do Mercosul seriam comercializados a preços mais baixos e seriam então mais atraentes ao consumidor europeu.
Francês sempre foi muito fechado
Na opinião do deputado Heitor Schuch (PSB/RS), membro do Parlasul, os franceses estão achando que nós vamos ocupar o espaço que é deles. Estão dizendo que nós estamos usando produtos que para eles já são proibidos e que, com isso, vai aumentar o custo de produção lá. De acordo com Schuch, “o francês sempre foi muito fechado, muito protecionista, muito trabalhando as coisas para si, o que não é errado”.
Brasil deixa as coisas muito livres
Na avaliação do parlamentar, o Brasil, muitas vezes, peca um pouco no sentido de deixar as coisas muito livres, muito abertas. Para Heitor Schuch, “ a prorrogação de um ano, certamente, foi o estopim que faltava para eles se manifestarem sobre esse assunto, agora”.
Não muda nada
Questionado se a não realização do acordo possa trazer problemas maiores para o Brasil, o parlamentar afirmou: “ eu nunca vi um documento que falasse do acordo. Tenho visto, muitos comentários, mas do acordo em si, nunca vi”. Na opinião do congressista, “ o novo é o protesto que eles estão fazendo, mas não vai mudar absolutamente nada, na minha opinião”.
Olhar para o bloco
O acordo não é com a França, é com a União Europeia e o Mercosul, então, nesse cenário que nós estamos observando, acho que nenhum país, de forma individual vai resolver a sua vida. Agora, se a gente for olhar no bloco, o grupo, aí certamente nós vamos ter alguma diferenciação, algum problema”. O congressista acredita que a França é um cenário diferenciado, eles são muito mais agrícolas que os outros países, são mais industrializados. “Eles devem estar olhando mais nesta questão agrícola e, por isso, a gente tem esse cenário dos franceses, mais revoltados”, acentuou o parlamentar do Parlasul.
Perseguição contra mulheres
A deputada Maria do Rosário (PT/RS), condena a perseguição política contra mulheres líderes e enfatiza a importância de defender a democracia diante do avanço de governos de extrema direita na América Latina. A parlamentar gaúcha reforça o compromisso de Argentina e Brasil na luta pela democracia e contra a violência de gênero na política.
Modal Ferroviário gaúcho
O senador Luis Carlos Heinze (PP/RS) articula força-tarefa para destravar malha ferroviária no Rio Grande do Sul. Ele busca uma janela de oportunidade que permita expandir e melhorar o modal ferroviário no Estado.
Governadores do Sul
O contrato com a concessionária que administra a Malha Sul encerra em três anos. O senador Luis Carlos Heinze reuniu-se com o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT -, Guilherme Sampaio. Ficou definido a realização de uma reunião com a participação dos governadores dos três estados do Sul, parlamentares e as representações da concessionária”.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa