Decisões no Parlamento só depois do recesso

O Congresso Nacional entrou em recesso nesta quinta-feira (18) e as atividades parlamentares, em Brasília, reiniciam em primeiro de agosto. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deveria ter sido votada neste primeiro semestre, ficou para o início dos trabalhos, em agosto (Congresso Naciona,l ilustração.)

Anistia das dívidas dos partidos

Tanto na Câmara, como no Senado, os parlamentares decidiram adiar vários projetos em pauta, que serão retomados após o recesso. Entre eles, a PEC da Anistia das dívidas dos partidos, que permite o refinanciamento com isenção de juros e a autonomia financeira do Banco Central.

Não entrou em pauta

Davi Alcolumbre, Agência Senado

Mesmo com pressões de senadores e de dirigentes partidários, a PEC da anistia que libera partidos políticos de multa, ficou para o segundo semestre. A proposta que pode perdoar até R$ 23 bilhões em multas, foi aprovada pelos deputados na última semana. Parlamentares acreditavam que seria votada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, na quarta-feira (17), mas não entrou em pauta por decisão do presidente da Comissão, Davi Alcolumbre (União/AP).

Problema é discutir “o sexo dos anjos”

Em pressões feitas no apagar das luzes, pelo senador Eduardo Girão (Novo/CE), Alcolumbre disparou: “o problema da política brasileira é ficar discutindo o sexo dos anjos e não colocarem o item para votação”. E concluiu: “dependendo da matéria, às vezes, a gente se pauta por uma pauta que não houve, ou por um acontecimento que não vai acontecer”. A PEC também prevê anistiar todas as sanções tributárias de partidos que estão inadimplentes há mais de cinco anos.

Fundo partidário

O texto cria o programa de recuperação fiscal para renegociação das dívidas dos partidos, e permite que as legendas utilizem recursos do Fundo Partidário para parcelamento das multas eleitorais. Ficou para o segundo semestre também a renegociação das dívidas dos Estados.

Cargas de impostos

Uma enxurrada de memes críticos contra o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, tomou conta das redes sociais nos últimos dias. Fernando Haddad aparece de todas as formas e vem sendo chamado de “Taxad”. Os opositores do governo tentam responsabilizá-lo pelo aumento da carga de impostos no País.

“Taxa das blusinhas”

O ministro da Fazenda recebeu apoio de diversos parlamentares, e o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), explicou que a chamada “taxa das blusinhas”, foi uma medida para proteger a indústria nacional.

Invasão dos memes

Alguns governistas estão levando na esportiva as críticas com memes que ultrapassam as fronteiras do Brasil e chegaram, inclusive, no tambor de ressonância, de um painel da Time Square, no centro de Nova York, maior palco do mundo. O próprio Fernando Haddad, alvo das críticas, não tem se preocupado com a distribuição das imagens pelos internautas, classificando-o de “Taxad”, com a farta distribuição de memes de filmes, capas de disco, e capas de livros, ironizando Fernando Haddad.

Produções cinematográficas

Alguns dos filmes ironizando Fernando Haddad: “Taxa-me se Puder, Um novo dia para taxar 007, O império cobra-taxa, Se meu fusca taxasse, Quanto mais taxar idiota melhor, Taxman o cavaleiro das taxas, Meu imposto favorito, Furtando e taxando entre taxas e beijos, Taxa de neve e os sete anões, Taxarão, Taxa do 71, Dois impostos e meio, Tio Taxinhas, Querida taxa as crianças, taxa de bala”, rotulando o ministro como um taxador de impostos. Os memes foram compartilhados até mesmo pelo senador Flavio Bolsonaro (PL/RJ). As bem humoradas críticas foram levadas também a comparativos com capas de discos e capas de livros.

Imposto maior

A guerra digital ganhou força a partir da semana passada, depois da regulamentação da Câmara dos Deputados onde alguns itens, iriam ficar com imposto maior.

“Economia está melhorando”

A ação orquestrada de críticas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vem em meio as denúncias contra o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre os episódios das joias, e da “Abim paralela”. Lideranças petistas, entre elas, Gleisi Hoffmann (foto), presidente do PT, afirmaram que as críticas mostram que “a economia está melhorando e deixa a oposição apavorada”.

Contingenciamento de gastos

Num esforço para elevar a arrecadação, o ministro Hadade, adiantou esta semana que, possivelmente, haverá bloqueio e contingenciamento de gastos para cumprir as regras do arcabouço fiscal. O relatório será apresentado, com detalhes, na próxima segunda-feira.

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