Prioridades no Congresso

Heitor Schuch (Crédito: Vinicius Loures/ Câmara dos Deputados)

O deputado Heitor Schuch (PSB/RS) disse ao Repórter Brasília que o Congresso Nacional, agora, após o término das eleições municipais, tem duas prioridades: resolver o orçamento e a sucessão na Câmara e no Senado. Na opinião do parlamentar, são os dois temas que ele considera principais e prioritários e que têm prazo e muitas dificuldades para chegar a uma solução”.

Fechando as contas

“Os prefeitos que terminam seus mandatos, pelo que eu percebo, estão trabalhando muito para fechar as contas, para estar com tudo certo, para dormir tranquilos, sossegados, sem preocupação de responder processos”, afirmou Heitor Schuch,

Prefeitos se reorganizando

Já os prefeitos que foram reeleitos, e são muitos no Rio Grande do Sul e no Brasil, agora estão se reorganizando, rearticulando para esse segundo governo que vai ser diferente do primeiro. Eles mesmo querem mais resultados, o primeiro foi feito numa engenharia de contemplar partidos, setores e segmentos, e agora o foco é mais no segundo mandato de que já quem está reeleito, precisa dar mais resultado e talvez os governos fiquem até um pouco mais técnicos do que políticos”, assinalou o congressista.

Eleição na Câmara

A eleição da Câmara “é tipo um divisor de águas”, afirmou o deputado, acrescentando que certamente, quem vai ser presidente da Câmara, nesses últimos dois anos também será presidente nos próximos dois do outro mandato. “Nós já assistimos com Rodrigo Maia com Arthur Lira, e essa tem sido a nova praxe, tanto na casa dos deputados, como no Senado, e que tem dividido até as bancadas menores no Parlamento”.

Luz amarela ligada

“Eu posso lhe dizer que nós estamos com a luz amarela ligada no que diz respeito às abstenções, as pessoas simplesmente não foram votar nem no primeiro nem no segundo turno”, alertou o parlamentar.

Abstenção dos Eleitores

Os dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral mostram que a taxa de abstenção foi de 29,2% maior que no primeiro turno quando foi de 21,7%. A Capital brasileira com o maior número de abstenções no segundo turno foi Porto Alegre. A cidade registrou 34,83% de eleitores ausentes”.

Votação não obrigatória

Heitor Schuch disse que, tem o sentimento de que” muita gente gostaria de tornar a votação, não obrigatória, vai votar quem quer, desobriga a obrigatoriedade, me parece que é um pouco do que se enxerga”.

Votar sem comparecer às urnas  

Heitor Schuch defende que “a justiça eleitoral tem que trabalhar na perspectiva de que a pessoa não precisa mais ir na urna para votar”. O parlamentar argumenta que, “hoje, se faz tanta coisa por celular e talvez o voto pudesse ser feito também dessa maneira, acho que sistema nós temos para isso”, assinalou o deputado.

Maioria não aparece

Heitor Schuch lembra que, “nós temos partidos de centro que tem os melhores ministérios, os maiores orçamentos, mas na hora que o governo precisa dos deputados desses partidos, a grande maioria ou não aparece ou não vota ou até vota contra. Acho que esse é um cenário em que o governo precisa avaliar agora, porque senão daqui a dois anos, o resultado da eleição presidencial vai ser alguém do centro ou da direita”, afirmou.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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