Reeleição de Lula em 2026

Heitor Schuch (Crédito: Mário Agra, Câmara dos Deputados)

Uma pesquisa do final de semana mostra a avaliação dos brasileiros sobre a possibilidade de uma tentativa de reeleição do presidente Lula em 2026. A queda do desempenho do presidente, segundo revela a pesquisa APEC (ex-Ibope), animou a oposição, que fica mais esperançada para a disputa das eleições em 2026. A base aliada se mantém otimista, mas avalia que o presidente terá mais dificuldades para firmar acordos.

Apenas falar não levanta ninguém

Na avaliação do deputado Heitor Schuch (PSB/RS), “tem que fazer alguma coisa nova, porque apenas falar coisas, assim, meio desconectadas do mundo, do cenário, não vai levantar ninguém no Ibope, como se costuma dizer”.

Governo está cansado

Para Heitor Schuch, “o governo está cansado, está sem novidade, está perdendo a comunicação desde o primeiro dia. Isso já não é novidade para ninguém. Acho que o presidente Lula tem que repensar quem são seus aliados, porque tem muita gente que está no governo e não dá voto no Parlamento. E se não tem essa conexão, o governo afunda”.

Corte de gastos

No final do ano passado, assinala Heitor Schuch, “o governo teve que pautar o corte de gastos cobrado pelo mercado como se fosse a salvação da pátria, tiraram o seguro agrícola dos colonos que vem sofrendo com a seca, tiraram o salário mínimo do idoso, do aposentado, e não conseguindo tirar R$ 10,00 dos supersalários. Isso mostra e comprova a fragilidade do governo”.

Idade avançada

A pesquisa IPEC mostrou que 62% dos entrevistados avaliam que Lula não deve se candidatar à reeleição em 2026. Em setembro o número era menor 58%. Naquela época eram contrários a uma tentativa de Lula de buscar um quarto mandato. A idade avançada de Lula, e que o governo não faz um bom trabalho, foram os principais argumentos revelados pela pesquisa.

Pesquisa DataFolha

Outra pesquisa do Datafolha da última sexta-feira (14), mostrou que a aprovação do presidente teve queda de 11 pontos percentuais em dois meses. Está em 24% pior avaliação dos três mandatos do petista. Em Brasília, o deputado Alberto Fraga, do PL, afirmou que “a oposição vê um cenário favorável”. Segundo o parlamentar, “além da má avaliação do presidente Lula, ele não enxerga nomes do governo para disputar o Palácio do Planalto”.

Lula tem ferramentas para melhorar

Deputados petistas acreditam que é possível o presidente recuperar a aprovação. O deputado Zeca Dirceu (PT/PR) lembra que a pesquisa Quaest que foi divulgada no dia 3 de fevereiro mostrou que se a eleição fosse naquele dia, Lula venceria em todos os cenários. “Tem todas as ferramentas nas mãos para reagir, melhorar, cuidar melhor das pessoas, controlar a inflação, reduzir a taxa de juros, disponibilizar mais crédito e, principalmente, manter aquilo que está dando certo”.

É cedo para decidir

O parlamentar argumenta que “independente de pesquisas, os partidos não decidem um ano antes da eleição o seu rumo e o seu caminho, suas alianças. Lula podia estar com 80% de aprovação ou com 10% de aprovação, ninguém decide nada agora”, acentuou Zeca Dirceu.

Definições para depois do carnaval

O presidente Lula, depois do carnaval, deve focar na reforma ministerial. Por enquanto, prudentemente, não tem deixado claro sobre sua possível candidatura no ano que vem.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa

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