Repórter Brasília
O PL de Bolsonaro quer chefiar as Comissões de Segurança Pública e Infraestrutura. O senador Flávio Bolsonaro (PL/RJ), cotado para presidir a Comissão de Segurança, pretende pautar projetos que aumentem as penas para crimes violentos. “Tem que haver um endurecimento para que as pessoas fiquem mais tempo presas, em especial essas pessoas violentas, para que nós consigamos reduzir a reincidência”.
Violência e impunidade
Na prática, acentua Flávio Bolsonaro, “muitas vezes, o mesmo marginal comete o crime várias vezes, causando uma sensação de violência, de impunidade, em toda a sociedade, que poderia ser evitada se ele tivesse preso, se ele tivesse parado de ter o convívio social”.
Ano muito intenso
Na Câmara, o presidente Hugo Motta e os líderes partidários ainda discutirão nos próximos dias a composição das presidências das comissões. O líder da oposição Luciano Zucco (PL/RS) disse ao Repórter Brasília que reservou essa primeira semana “para organizar a casa, montar nossa estratégia de trabalho, definir a pauta de prioridades e escalar os colegas deputados que vão atuar junto comigo como vice-líderes. É importante ter esse momento para conhecer a estrutura, as pessoas que irão nos assessorar, porque vai ser um ano muito intenso”.
Quadro de incertezas
“Estamos acompanhando com muita preocupação a deterioração da economia e suas consequências para a população mais humilde, como a volta da inflação e o aumento do custo de vida”, afirmou Zucco. O novo líder destacou que “o setor empresarial também passa por muitas dificuldades em relação aos juros, dólar, preço dos insumos. Muitos investimentos estão sendo reavaliados diante desse quadro de incertezas”.
Quatro comissões permanentes
O PL, por ser a maior bancada na Câmara, ocupará espaços importantes dentro da estrutura administrativa do Parlamento. “Agora, temos o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes, com isso, a oportunidade de presidir quatro comissões permanentes, entre elas a Comissão de Relações Exteriores, cuja indicação é o deputado Eduardo Bolsonaro, um colega totalmente preparado para o cargo. E vamos poder brigar por relatorias importantes e fazer um trabalho responsável de fiscalização do governo federal”, assinalou Zucco.
Candidato próprio
Zucco afirmou que “hoje somos a maior bancada, e temos que trabalhar estrategicamente para um dia lançar nosso próprio candidato. Se fizéssemos isso agora, entraríamos no mais completo isolamento. Por isso, seguimos a orientação do presidente Jair Bolsonaro em apoiar o presidente Hugo Motta”.
Vestir verde e amarelo
O novo líder da oposição disse que, “já temos data marcada para vestir verde e amarelo e voltar às ruas em todo o país. Dia 16 de março estaremos em todas as capitais para defender o impeachment do presidente República, por acreditar que o Brasil não aguenta mais dois anos de Lula. Será um momento de fazer a defesa intransigente da democracia e da liberdade de nosso povo. Queremos a soltura dos presos do 8 de janeiro. Basta de perseguição e prisões ilegais”, disparou Zucco.
A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.
Edgar Lisboa
