Repórter Brasília
A direita gaúcha começou a mover suas peças. Em Jaguari, durante um encontro do PL, o senador Luís Carlos Heinze (PP) deu o tom da disputa interna e das futuras alianças. Com a segurança de quem conhece bem o jogo político, Heinze anunciou em alto e bom som: “Meu candidato a governador é o Zucco; meu senador é o Sanderson; meu senador é o Marcel.”
A plateia reagiu com entusiasmo e surpresa.
Lance rápido e aplausos
O deputado Ubiratan Sanderson (PL) não perdeu tempo: tomou o microfone e devolveu a bola com habilidade: “Nosso sonho é ter esse homem como nosso vice.”
A resposta incendiou o auditório e arrancou aplausos. O gesto foi lido como um movimento claro para consolidar uma frente conservadora, com o PL no comando e Heinze como peça-chave no xadrez eleitoral.
Pressão dentro do PP
A declaração de Heinze, no entanto, provocou um terremoto dentro do PP. O partido já havia sinalizado que o presidente estadual Covatti Filho, qué deputado federal, será o candidato ao governo. O recado de Heinze foi direto: é hora de o partido definir logo o rumo. Com isso, o experiente senador pressiona a direção progressista a sair da zona de conforto e assumir posições claras.
O dilema das alianças
Enquanto o PP tenta preservar espaço, o PL aposta em Zucco, Sanderson e no apoio das bases bolsonaristas. O Novo, com Marcel Van Hattem, entra como aliado natural, mas também como potencial concorrente pelo protagonismo liberal. Nos bastidores, há quem veja a possibilidade de uma chapa de composição ampliada, unindo forças conservadoras sob o discurso da segurança e da ordem.
O jogo de 2026
O governo de Eduardo Leite (PSD) observa atento. A direita, fragmentada, precisa se reorganizar se quiser voltar ao comando do Piratini. Os próximos meses serão decisivos: alianças, vaidades e projetos pessoais precisarão ser acomodados. O tabuleiro está montado, agora, começam os lances.
Portal Repórter Brasília, Edgar lisboa
