Imunidade Parlamentar

Luiz Carlos Busato (Crédito:União Brasil/Divulgação)

O deputado Luiz Carlos Busato (União Brasil) defende a inclusão na pauta da Câmara dos Deputados, a discussão da imunidade parlamentar, a liberdade de expressão, melhor dizendo, “um tema que todo mundo está ansioso, pelo menos para discutir”. O congressista disse ao Repórter Brasília, que “a liberdade de expressão é uma imunidade parlamentar e nesses dois anos que se passaram, o pessoal ficou com receio de ir à tribuna, de comentar as coisas”.

Liberdade de expressão

“No meu quarto mandato e eu nunca vi um ambiente tão fechado para expressão. Eu mesmo tenho receio de no plenário falar algumas coisas que a gente enxerga”, argumentou Luiz Carlos Busato, acrescentando que a questão da imunidade é uma das pautas mais importantes. “Quando eu falo imunidade, é a expressão e também as coisas que aconteceram aqui na Casa. Na mesma linha argumenta, Luz Carlos Busato. “O segundo tema, que está todo mundo estarrecido e poucos falam é a questão dos presos do 8 de janeiro”.

Contra os extremismos

Na avaliação do parlamentar, “tem gente ali bandida? Tem gente bandida, mas tem muita gente que não tem nada a ver com isso, nada a ver com pessoas que estavam naquele embalo que estava o Brasil inteiro aí. Eu não sou dessa turma dos patriotas, aqueles que iam para a rua com bandeira do Brasil, nunca fui lá, nenhum desses eventos. Eu sou contra os extremismos. Mas essa prisão de pessoas com 14, 17 anos de prisão, isso aí tem que ser revisto”.

Pintou estátua com Batom

Na visão de Luiz Carlos Busato, “não é possível que a gente prenda uma mulher que foi lá na estátua, pintou com batom. Isso é uma coisa também que me preocupa se vai entrar na pauta ou não”.

Violência contra a mulher

Segundo Busato, é claro, que daí vem outros temas, que são as bandeiras que “eu defendo, violência contra a mulher, criança, ter animais, são coisas que eu defendo. Mas essas pautas são pautas do exercício da nossa atividade”. Outro ponto abordado pelo congressista gaúcho é a separação dos três poderes. “Acho que tem que ficar mais claro. Tem que analisar esse clima. Então, essa é a minha grande preocupação”.

Retomada dos programas

Em termos de Rio Grande do Sul, afirma Luiz Carlos Busato, “a minha prioridade é retomar os programas que desenvolvemos no Estado, quando fui Secretário de Obras e irrigação do Rio Grande do Sul, em 2012, no governo Tarso Genro.

Parque das Prevenções

O parlamentar conta que naquela oportunidade, lá em 2012, abriu aqui, em Brasília, um programa chamado Parque das Prevenções, no governo Dilma ainda. Por que que abriu esse Parque? Porque teve alguns eventos climáticos no Brasil inteiro que desbarrancaram morros no Rio de Janeiro. Então o governo federal abriu o programa para os estados fazerem projetos de prevenção.

Projetos prontos

Com a abertura da possibilidade de fazer projetos de prevenção, projetos e obras de prevenção. eu desenvolvi dentro da Secretaria, em 2012, o projeto de prevenção do Rio do Sinos, do Rio Gravataí, Arroio Feijó, que é a divisa ali com Porto Alegre, Eldorado do Sul. Esses quatro são projetos que estão mais desenvolvidos. Inclusive, Eldorado do Sul e Arroio Feijó já têm licença prévia da FEPAM. Esses dois aqui estão em vias de sair a licença prévia. E mais um terceiro projeto que foi do Vale do Caí”

Projetos, 12 anos parados

“Esses projetos andaram um pouco no governo seguinte, que foi o governo do Sartori, e depois parou. Ficaram aí desde 2012 até agora, 12 anos”, atesta Luiz Carlos Busato, acentuando que caso tivessem continuado, poderiam ter contribuído muito para evitar uma série de coisas. Se esses projetos fossem sido executados, e pelo menos feitos algumas das obras, com certeza, não teria tido essa catástrofe toda, que o governo lançou. Naquela época, em 2012, não tinha ainda eventos no Vale do Taquari. Não acontecia nada lá no Vale do Taquari assim, que tivesse merecido essa atenção. Hoje é também uma região que merece muito a atenção nossa. Então, esses projetos ficaram parados”.

Recursos para o Rio Grande

“Agora aconteceram esses eventos no Rio Grande do Sul, de maio, e anterior a isso era no ano de 2023 também, e aí deu aquele frisson. Todo mundo queria, o governador queria ver o projeto da Holanda, não sei o quê, e eu e o Heinze tomamos como prioridade essa questão, eu tenho que agradecer muito o Heinze. conseguimos, ao final e ao cabo disso aqui, seis bilhões e meio para o Rio Grande do Sul, vieram graças a esses projetos lá de 2012, e a força política do Heinze e a minha que nós lidamos aí, então essa é uma grande prioridade que eu tenho agora nesse mandato até que sejam iniciadas essas obras”.

Tocar as obras

Tocar essas obras e iniciar essas obras. E são dois aspectos aqui. Um é fazer as obras, quem vai fazer.? E o segundo, a fase, que é tão importante quanto a primeira, quem vai conservar isso aí? Porque um grande problema foi a manutenção. Então essa é a grande prioridade que eu tenho no meu mandato”.

A Coluna Repórter Brasília é publicada simultaneamente no Jornal do Comercio, o jornal de economia e negócios do Rio Grande do Sul.

Edgar Lisboa