Os principais eventos que, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República e investigações da Polícia Federal, ajudaram a constituir o plano para subverter a transição democrática entre 2022 e 2023 foram levantadas pelo Estadão.

BRASÍLIA – O dia 2 de setembro de 2025 dará início a um julgamento inédito: a Primeira Turma da mais alta instância do Poder Judiciário decidirá se um ex-presidente, cinco militares de alta patente, um deputado federal e um ex-ministro da Justiça são culpados ou não de uma tentativa de golpe de Estado para interromper o ciclo democrático iniciado 37 anos atrás com a aprovação da Constituição Federal de 1988.
O Estadão reconstituiu o dia-a-dia do golpismo arquitetado dentro dos Palácios do Planalto e da Alvorada, entre julho de 2021 e janeiro de 2023, segundo narrado na denúncia do Ministério Público Federal. Esse é o período em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) colocou em prática o seu plano de descrédito e, posteriormente, assalto às instituições democráticas, conforme identificado pela Polícia Federal (PF) e enfatizado pela Procuradoria-Geral da República (PGR)na ação penal do golpe.
Rompantes antidemocráticos assistidos cotidianamente pelos brasileiros durante o governo Bolsonaro, como as celebrações de 7 de Setembro em tom de ruptura ou os ataques às urnas eletrônicas, se entrelaçam no que ficou conhecido como a “trama golpista”.
Apontado pela PGR como líder da organização criminosa que tentou por fim à democracia brasileira, Bolsonaro disseminou a ideia de que o sistema eletrônico de votação não é confiável, mobilizou o aparato do Estado para manipular as eleições de 2022 e, quando nada surtiu efeito, conspirou com militares para executar um plano de ruptura que o manteria no poder por meio de assassinatos e prisões de adversários.
Essas são as conclusões da PF e da PGR, que agora serão julgadas pelos cinco ministros que compõem a Primeira Turma do STF.
Acesse o link e leia a íntegra do levantamento realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo:
Portal Repórter Brasília, Edgar Lisboa