
O governo LULA gastou R$ 501 mil para divulgar em redes sociais peças de propaganda sobre suas ações de combate ao crime organizado, logo depois da operação da Polícia do Rio de Janeiro que deixou 121 mortos. O valor foi pago à META, dona das plataformas do Facebook e Instagram. Esta campanha do governo teve três postagens: uma delas defendeu a aprovação da PEC da Segurança; outra afirma que só é possível agir nessa área com inteligência em clara crítica à operação do Rio e a mais recente divulgando o seu projeto de lei antifacção, enviado pelo petista ao Congresso e derrotado na Câmara dos Deputados pela goleada de 370 a 110 votos.
O valor de R$ 501 mil foi gasto em apenas quatro dias, de quarta-feira (29/10) até o início da noite de sábado (1º/11), para aumentar a circulação das peças nas redes controladas pela Meta. As publicações foram vistas por milhões de usuários. As cifras do valor pago são divulgadas pela própria Meta em uma página de transparência sobre publicidade em suas redes.
Mas os fatos não se apagam com propaganda enganosa. Eles persistiram, também mostrando que na semana seguinte mais um policial baleado naquela operação acabou morrendo. Continua viva e angustiante a dramática situação dos cariocas que estão vendo serem retiradas das ruas da cidade, mais de 1.168 toneladas de barricadas do crime organizado, ainda sob o risco dos tiroteios da bandidagem, como o que deixou a Avenida Brasil fechada, por mais de uma hora, na altura da Cidade Alta, na Zona Norte do Rio.
Aqueles milhões gastos em propaganda fizeram o crime organizado parar as suas ações terroristas na cidade? Não. Propaganda serve para promover a reeleição do já candidato Lula, na tentativa de tirar o foco para que o POVO esqueça que mais de 700 mil aposentados morreram sem saber que a máfia dos sindicalistas lhes roubavam – em conluio com o INSS, boa parte de suas minguadas aposentadorias.
Também será com propaganda que vamos acabar com golpes bilionários dos colarinhos brancos, como o do Banco Master, ou dos 26 bilhões de sonegação de impostos (levados para o exterior pelo Grupo Refit da Refinaria de Manguinhos) que, como disse o Governador Tarcísio de São Paulo:
“Esses caras fraudam R$ 350 milhões por mês. O que significa? A gente está construindo, por exemplo, o Hospital de Franca, Hospital de Cruzeiro, Hospital de Itapetininga – são hospitais de médio porte para 250 leitos. Esses hospitais vão custar R$ 250 milhões mais R$ 70 milhões para equipagem. É como se a gente tirasse da população um hospital de médio porte, por mês”.
Os fatos são implacáveis. Foi irônico ver que na mesma semana de completar seus 80 anos, o velho Lula teve que assinar a Lei nº 15.245 de 2025, que aprovou a iniciativa do senador Sérgio Moro , autor do projeto original (PL 1.307/2023) para combater o crime organizado e ampliar a proteção dos agentes públicos com o endurecimento das penas.
Fatos são fatos. A tímida proposta de combate as facções criminosas, do governo petista que está no poder a 20 anos, foi derrotada por 370 a 110 votos na Câmara dos Deputados. Não bastasse isso os documentos da CPI do INSS, revelam que a Advocacia Geral da União – AGU, dirigida pelo advogado Jorge Messias nomeado pelo Presidente da República, tinha sido notificada das fraudes no INSS, mais de um ano antes da Policia Federal detonar a operação do maior roubo da história contra os aposentados, como também documentalmente revelado que Ricardo Bimbo Troccoli, Secretário Nacional de Ciência e Tecnologia da Informação do Partido dos Trabalhadores (PT), recebeu R$ 11,1 milhões de empresas ligadas a associações que fraudavam aposentadorias do INSS.
Agora vemos o advogado Geral da União, o mesmo que ficou um ano omisso, sem agir contra a máfia dos ladrões dos aposentados, ser indicado para membro do STF. Todos nunca estiveram tão atentos para ver como o Senado vai analisar a exigência da i l i b a d a r e p u t a ç ã o do indicado do velho Lula.
Em novas propagandas o governo trombeteia a isenção do Imposto de Renda para os assalariados de baixa renda. Não há dúvida que é uma conquista merecida. Mas, a pergunta que não cala é esta: Porque o candidato à reeleição também não informa que o maior contingente de servidores acima do teto do funcionalismo em um ranking que inclui Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e países da América Latina, está aqui no BRASIL?
Até o Jornal Nacional da Globo, às 22h45 do último dia 26/11/2025, noticiou que cinquenta e três mil servidores no Brasil ganham acima do teto do funcionalismo, custando a bagatela de R$ 20 bilhões por ano aos contribuintes, inclusive estes de baixa renda.
O teto salarial está no artigo 37 da Constituição, estabelecendo que a remuneração dos servidores públicos não pode exceder o subsídio mensal recebido por ministros do STF – Supremo Tribunal Federal, hoje em R$ 46 mil. É o que prescreve a Constituição. Mas, na prática, sabe-se que o valor recebido pelos membros dos tribunais, como também dos outros poderes, em alguns casos podem ultrapassar o triplo do “teto”, graças aos subterfúgios dos chamados p e n d u r i c a l h o s – como auxílios e ajudas de custos, isentos do Leão da receita. O velho e famoso jeitinho brasileiro.
Fica a pergunta, onde está a justiça de isentar os assalariados que ganham até 3 mil reais e deixar os penduricalhos de mais de cem mil reais, aos marajás da república?

Para corrigir esta e outras distorções que estão amarrando a nossa nação neste crônico subdesenvolvimento, pela irresponsabilidade, falta de ética e abuso de poder dos governantes como decretar silêncio de 100 anos para ações e fatos danosos ao erário, somente uma nova constituição, já que a atual ninguém mais respeita, muito menos os que a interpretam e deveriam defendê-la.
Um dia e pela primeira vez nos 500 anos de nossa história uma CONSTITUIÇÃO ESCRITA PELOS CIDADÃOS, eleitos para uma ASSEMBLEIA CONSTITUINTE EXCLUSIVA, e pela PEC DA INICIATIVA POPULAR, com o prazo de dois anos para que exclusivamente se dediquem a escrever a LEI MAIOR, lei em que eles mesmos os CONSTITUINTES, fiquem inelegíveis por 10 anos para qualquer cargo.
NILSO ROMEU SGUAREZI, advogado, ex-deputado federal Constituinte de 1988, autor da tese da CONSTITUINTE EXCLUSIVA, para uma NOVA CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.